Para a maior parte dos cientistas e estudiosos de Terra Brasilis, os taghirons são a maior incógnita biológica já encontrada no planeta. Isso porque, além de possuirem uma aparência diferente de todas as espécies já catalogadas pela ciência, ainda possuem uma constituição molecular totalmente desconhecida.
Até hoje, ninguém foi capaz de explicar como a vida de um taghirons funciona. Em última instância, eles não parecem nativos do nosso planeta, mas sim de um outra existência, formada com base em outra coisa que não carbono. Acredita-se que foram formados com base em silício, uma vez que já foi comprovado que seus corpos entram em combustão espontânea ao contato com oxigênio, formando silicato e hidrogênio molecular.
Por esse motivo, os taghirons precisam do auxílio de uma cápsula especial, que os mantém submersos em uma substância desconhecida. Esta mesma estrutura possui apêndices autônomos, com tentáculos de um polvo ou patas de uma aranha, que são usados para locomoção a curtas distâncias.
Não são muito tolerantes à luz, por isso preferem fazer negócios a noite. Sempre que possível, evitam a exposição ao sol, uma vez que este parece ferir suas peles frágeis e translúcidas. Essa característica, aliada a proeminente bioluminescência que emanam, também fez que com fosse considerados alguma espécie evoluída de ser abissal.
Ao mesmo tempo, apesar de toda a estranheza, não há uma única evidencia sequer de que os taghirons tenham vindo de um outro planeta, uma outra dimensão ou qualquer alternativa semelhante. Eles mesmos se recusam a dar mais detalhes sobre sua origem, alegando que pertencem a este mundo tanto quanto a qualquer outro.
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O primeiro contato com um taghiron aconteceu há menos de uma década. Até então, essas criaturas eram totalmente desconhecidas. Usando uma habilidade de comunicação telepática, os seres propuseram um acordo de cooperação mútua com o Império, onde forneceriam informações valiosas sobre vários temas, em troca de asilo político.
No entanto, nunca explicaram do que estavam fugindo e porque precisavam de asilo. Mas o conhecimento que traziam era valioso e o Império aceitou o acordo. Atualmente, fazem parte dos Peregrinos e prestam serviços especializados para o governo. Ao mesmo tempo, o número de taghirons no continente parece aumentar com uma frequências desconcertante, fato que vem sem percebido com cada vez mais receio.