Elfo

Ainda que sejam biologicamente semelhantes aos humanos, nenhuma outra raça parece ser mais diferente. Elfos são nativamente muito inteligentes e, no geral, são altos e esguios, não sendo comum encontrar elfos baixos ou obesos. Travam verdadeiras batalhas mentais para manter o que consideram ser um corpo perfeito. Isso porque acreditam que o corpo perfeito prevalece a mente perfeita.

Não há homogeneidade quanto a cor da pele dos elfos. Há espécimes de peles brancas, pretas, amarelas e vermelhas. No passado, eles já travaram muitas guerras por isso, mas hoje vivem em uma relativa paz, ainda que continuem segregando seus povos em castas muito rígidas.

Primordialmente, podem ser divididos em três tipos, que, de tão diferentes, parecem raças distintas. Ainda assim, não há nenhum estudo que prove tal teoria. São elas:

  • Elfos dos Bosques (akinadöns): o grupo mais comum, encontrado em todas as partes do mundo conhecido. Apesar do nome original, eles deixaram de viver nos bosques há muitos anos, preferindo o luxo das grandes metrópoles. São os mais parecidos com os seres humanos. São relativamente baixos e suas orelhas são menores;
  • Altos Elfos (tannathöns): divididos em cinco grandes famílias, se consideram a raça biologicamente mais pura. Segundo as lendas cultuadas por eles, foram os primeiros seres criados por Deus. Mas o fato é que eles são os únicos que realmente acreditam nisso. Possuem fortunas incalculáveis e são donos de todas as grandes corporações de mídia. Controlam o mundo abertamente;
  • Elfos das Profundezas (ellendöns): estão do outro lado do espectro, uma vez que são considerados o grupo mais raro existente. Dotados com a capacidade de respirar dentro e fora da água, vivem no fundo de grandes lagos e oceanos, escondidos do mundo exterior e longe de qualquer interação com outros. Suas peles são muito escuras, cobertas com pontos de bioluminescência. Raramente saem à superfície e muitos acreditam que eles já estão extintos.
Alina Amarathar, grande matriarca da família | Créditos: Mundo Lendário

Os elfos se espalharam de uma forma impressionante pelo continente de Terra Brasilis. Isso gerou a ira dos humanos, mas eles logo aprenderam a compartilhar uma convivência pacífica, mantida a base de interesses específicos. A guerra contra Arcthrus também teve grande influência nessa aliança, uma vez que os elfos foram fundamentais para a vitória.

Dessa forma, criaram raízes em todos os lugares. A cidade de São Paulo é o local não élfico com a maior quantidade de elfos no continente. Estima-se que há seis milhões de elfos dos bosques vivendo na cidade, divididos em bairros de classe média e residenciais de alto padrão.

Em linhas gerais, o único detalhe que diferencia um elfo dos bosques de um ser humano é a orelha excessivamente longa e pontuda. Alguns elfos, porém, possuem peles de cores diversas, como azul, verde ou o preto absoluto. Ainda que raros, podem ser vistos em grandes centros urbanos. Um certo tom divino é concedido aos que possuem essa característica e eles são tratados como celebridades, principalmente pelos humanos.

Os Altos Elfos, por sua vez, possuem mais diferenças físicas em relação aos humanos. Ao mesmo tempo, são mais homogêneos entre si. Podem chegar a até dois metros e meio de altura e possuem peles pálidas e, por vezes, cinzentas. Seus cabelos são naturalmente pretos ou loiros e eles não costumam tingi-los de outras cores.

Kildran, um elfo dos bosques parente distante da família Amarathar | Créditos: Mundo Lendário

Os elfos dos bosques se subdividem em centenas de outros grupos, classificados tanto pela religião que cultuam, que pode ser politeísta ou monoteísta, quanto pela região de onde vieram. Os grupos mais tradicionais, que seguem a crença dos Altos Elfos, são aqueles que vivem no norte ou vieram de lá. Quanto mais ao sul, mais são livres de crenças religiosas, chegando ao total ateísmo. Alguns elfos, inclusive, foram adorados como deuses em tempos imemoriais, mas isso já não ocorre nos dias atuais.

Com exceção dos Altos Elfos, que de fato vivem eternamente, os elfos não são naturalmente imortais. Ainda assim, podem viver centenas de anos e raramente são acometidos por doenças. Por esse motivo, os elfos dos bosques são criaturas tomadas pelos excessos e pela vaidade. Acometidos por uma existência longa e cansativa, passaram a desafiar a vida e a aproveitá-la de todas as formas imagináveis.

Principalmente nos grandes centros, é comum ver elfos em vidas desregradas e dominadas pelo prazer carnal. Passam boa parte do tempo em boates, consumindo muitas drogas. Os maiores bordéis da Coalizão são controlados por linhagens élficas. E ainda que a clientela seja vasta, uma vez que a maioria deles aceita consumidores de outras espécies, os principais usuários são os próprios elfos, que sentem uma necessidade quase insaciável por sexo.

Outra característica comum nos elfos dos bosques é o fato de que eles são apaixonados por tatuagens, piercings e modificações corporais. Muitos antropólogos acreditam que esse gosto pode ser explicado pela longevidade exarcebada dos elfos, que buscam uma forma de criar e trazer significado para suas existências.

Também existe uma vertente que atribuiu esse significado a um simbolismo religioso, lembrando as marcas corpóreas das “sinnas”, semi-deusas élficas que já não são mais vistas nos dias de hoje. Elas possuíam o dom da profecia e tinham seus corpos adornados com marcações e símbolos mágicos, que se assemelhavam a tatuagens.

Vale destacar, porém, que as marcas das sinnas não eram tatuagens reais, mas itens mágicos que surgiam sempre que uma delas nascia. E apesar de quase extintas, as sinnas ainda são cultuadas por alguns grupos élficos, que tentam emular essa aparência por meio de tatuagens comuns e modificações corporais extremas.

Os Altos Elfos, por sua vez, são mais tradicionais e não aprovam esse comportamento, ainda que não interfiram diretamente nele. Alguns chegam a lucrar com os vícios dos elfos dos bosques. É o caso da família élfica Iherdana, que gerencia uma grande rede de bordéis legalizados, equipados com estúdios de tatuagens comandados por grandes artistas.

Elfos desenvolveram adoração pelas tatuagens | Créditos: Mundo Lendário

Por fim, há pouco a se dizer sobre os elfos das profundezas, além do que já foi observado há muitos anos, quando eles ainda eram vistos na superfície. Sabe-se que seus corpos possuem uma coloração azulada, marrom ou completamente preta, mas que possuem bioluminescência.

Seus olhos são grandes e potentes e eles podem enxergar até mesmo na mais completa escuridão. Também sobrevivem com facilidade em baixas temperaturas e suportam os mais altos níveis de pressão dos pontos mais profundos do oceano.

Estudos recentes colocam certa dúvida sobre o parentesco dos elfos das profundezas com os demais elfos, mas a semelhança física é inquestionável. Eles possuem os mesmos traços físicos, ainda que seus corpos tenham se adaptado a vida aquática. Mas não sabemos nada sobre a longevidade deles ou sobre como suas sociedades se organizam, uma vez que já faz mais de mil anos desde que o último deles subiu à superfície.

As grandes famílias élficas

Ainda que não se saiba o número exato de Altos Elfos vivendo em Terra Brasilis, sabe-se que há cinco grandes famílias que controlam todas as decisões tomadas por este povo. Estas famílias são formadas pelos mais antigos e economicamente poderosos elfos de que se tem notícia. Alguns deles habitam o mundo desde os tempos imemoriais.

  • A família Tarddhasi é considerada a mais antiga. Seu prestígio se estende por todo o continente e fora dele. Justamente por esse motivo, também são os mais odiados pelos povos não élficos, principalmente pelos anãos. São regidos pelo patriarca Caedhro Tardhasi, que possui pouco mais de oito mil anos e é tido como o elfo mais antigo de todo o continente. Caedhro teve vinte e três filhos e apenas uma filha, Gabriella, que ele mesmo considera como sua maior maldição.
  • A família Iherdana está logo atrás dos Tarddhasi na hierarquia. Governados pela matriarca Anna’Kisank Iherdana e sua primogênita Aredhell, criaram um grande império na indústria do entretenimento. Possuem estúdios de cinema, parques temáticos e uma grande rede de veículos online focados no público jovem. Seus maiores consumidores são os humanos, mas também direcionam seus esforços para os elfos dos bosques e as kaiporas.
  • A família Nondill mantém seus negócios focados no ramo da mídia. São donos dos maiores veículos de imprensa de Terra Brasilis e de alguns outros fora do continente. Todos os negócios são regidos pelo patriarca Eduin Nondill. Ele possui vários filhos, que viajam o mundo para manter seu império de pé. Ainda assim, o próprio Eduin nunca se afasta muito de sua casa, onde vive com seu primogênito, Eloah Nondill. Há muitos rumores sobre Eloah e alguns acreditam que ele guarda um grande segredo que poderia ruir não apenas a família Nondill, mas todo o império dos Altos Elfos.
  • A família Talannata, regida pela matriarca Edriella Talannata, é a mais discreta de todas. Seus negócios se concentram na indústria farmacêutica, mas muitos acreditam que essa é uma fachada para encobrir o tráfico de drogas ilegais, armas e criaturas escravizadas, principalmente huinãs. Na época da Grande Praga Rubra, uma pandemia que matou um terço da população de Terra Brasilis, foram responsáveis pelo desenvolvimento da primeira vacina que conteve a doença.
  • A família Amarathar, apesar da grande influência conquistada ao longo dos séculos, sofreu uma grande campanha de desmoralização. Desta forma, também passou a ser vista como inferior pelas demais famílias. Isso se deu pelo fato de que Sohora Amarathar, a grande matriarca, permitiu que sua filha Lisbeth se casasse com Henry Walker III, o atual Imperador da Coalizão. Os Altos Elfos não aceitam a união interracial, mesmo que seja com um homem nobre. Mas o fato é que o casamento foi necessário para evitar a implosão da família, que enfrentava uma crise financeira brutal, causada por uma sequência de escândalos políticos. Depois disso, Sohora partiu do continente e seguiu para a Europa, deixando a liderança da família para sua outra filha, Alina.

que o sol de terra brasilis sempre brilhe em você!

Seja muito bem-vindo ao grande continente de Terra Brasilis, nobre viajante. Aqui você encontra um mundo rico em culturas e povos, repleto de locais inexplorados, aguardando algum disposto a desbravar. Nossas cidades são monumentais e nossos bosques são vastos e cheios de vida. Mas não recomendamos que você tente visitá-los durante a noite, sem o auxílio de alguém mais experiente. Há perigos rondando em todas as esquinas, abaixo de todas as árvores, escondidos em todos os arbustos. Por isso, escolha bem as suas armas, atualize seus encantamentos e prepare-se para viver a maior aventura de sua vida!

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Equipe do Mundo Lendário
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O Mundo Lendário foi trazido até você pela Storify em parceria com o escritor Matheus Prado. Aqui você confere informações exclusivas e as últimas notícias sobre este maravilhoso universo e os livros do autor.

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