Anão

Não se sabe muito sobre os anãos, além do que eles permitem que se saiba. São um povo recluso, que prefere a escuridão das profundezas das montanhas ao claro azul do céu. Mas isso também não faz deles criaturas vis, voltadas para a maldade. Anãos sempre foram aliados dos humanos, dos huinãs e até mesmo dos elfos, por quem não nutrem muito amor.

São facilmente identificados pela estatura baixa e pelas tradicionais barbas, que mantém por amor e tradição. E os anãos levam suas tradições muito a sério, uma vez que vivem vidas muito longas e estão sempre agarrados aos legados de suas famílias.

Raramente passam de 1,40 m de altura, mas é sabido que Korthaz Torsedh, atual Senhor dos Anãos e governante de Naruzz’gar (Forjafirme, no idioma comum) tem 1,53 m de altura.

Não são muito adeptos de artes e trabalhos intelectuais, ainda que sejam extremamente capazes de desempenhá-los. Preferem o prazer do trabalho manual, seja escavando as rochas, moldando os metais ou lapidando as pedras preciosas. Dessa forma, são os maiores ourives de todo o continente, exportando seus produtos para todos os cantos do planeta. Isso fez dos anãos um povo muito rico, em todos os sentidos da palavra, seja em dinheiro ou em cultura, mesmo que este último item não seja compartilhado com os demais povos.

Não se sabe o tempo exato de vida de um anão, mas estima-se que possam viver por vários séculos sem que a idade afete suas vidas. Desde que os humanos passaram a catalogar a vida dos demais povos, já notaram a governança de três Senhores Anãos. São eles:

  • Tedron Dugnaz II, que já governava os anãos que viviam em Terra Brasilis quando os primeiros homens chegaram. Foi um grande aliado dos humanos e ajudou na primeira guerra contra os elfos.
  • Maedo Torsedh, que foi o primeiro Senhor dos Anãos reconhecido e que governou todos os povos e clãs durante os ataques de Arcthrus. Foi ferido em batalha e perdeu uma das mãos. Sobreviveu por muitos séculos, mas isso o afetou de forma profunda. Acabou morrendo de forma desconhecida, deixando seu único filho como sucessor.
  • Korthaz Torsedh, filho de Maedo e atual Senhor dos Anãos de Terra Brasilis. Manteve a relação amistosa com os demais reinos, desenvolvida nos anos de governo do seu pai. Mesmo assim, tornou-se um monarca mais recluso, raramente visto em eventos oficiais do Império, para onde prefere mandar representantes oficiais. Essa atitude já despertou a desconfiança de alguns Conselheiros, mas o fato é que ele nunca fez nada que tenha colocado em julgo a sua lealdade ao Imperador.

Em seu próprio idioma, os anãos referem-se a si como Rizgar, ou “forjados do fogo”. Esse ainda é o nome que preferem em reuniões formais do Império, embora tenham aceitado o termo “anão”, com o passar do tempo. Ainda assim, aceitam apenas o plural “anãos”, nunca “anões”, uma vez que sabem que ele também se refere a uma deficiência no crescimento relativamente comum em humanos.

Dão um valor muito grande para a linguagem e para as palavras. Acreditam que a forma como um povo se comunica interfere na forma como esse povo cresce, se expande e permanece. Justamente por isso, não fornecem muitas informações sobre sua própria língua, além do que é necessário para o comércio como os demais povos do Império.

Não se sabe quando chegaram em Terra Brasilis, mas não são nativos. Há povos anãos na Europa e África e sabe-se que a raça se originou de uma dessas regiões, mas também há fortes indícios de que eles já estavam aqui quando os primeiros huinãs chegaram. Porém, permaneciam no fundo das montanhas, fugindo de qualquer interação desnecessária.

Também é sabido que os anãos construíram a cidade oculta de Forteferro muitos séculos antes da chegada dos primeiros humanos ao continente. Já naquela época, a cidade ocupava centenas de quilômetros de extensão, muito abaixo da superfície. Quando os padres Jesuítas chegaram para colonizar a região onde hoje se encontra a nação de Rio de Prata, a sede do Império Brasiliano, eles escolheram justamente o mesmo local que os anãos já ocupavam.

Azgur Bertrand, prefeito de Forteferro

Os Jesuítas fundaram uma escola e uma pequena cidade em uma colina, cercada pelos rios Tamanduateí e Anhangabaú. Prevendo um possível conflito, os anãos formaram uma comitiva e revelaram a localização de sua cidade no subsolo, mas permitiram que o trabalho dos padres continuasse. De certo modo, chegaram a ajudar na construção, enviando trabalhadores e minérios de ferro para serem usados nas fundações dos prédios.

Dessa forma, desde antes do surgimento do Império, os anãos foram amistosos com os humanos e com os huinãs, sempre propondo parcerias comerciais proveitosas para ambos. Alguns humanos já conheciam a fúria e o poder de fogo dos anãos que viviam em cidades majestosas na Cordilheira dos Andes e, por isso, preferiram a paz e aceitaram as propostas. Depois disso, a cidade oculta que era conhecida apenas pelo nome original, Mizga’runn, passou a ser conhecida como Forteferro.

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Seja muito bem-vindo ao grande continente de Terra Brasilis, nobre viajante. Aqui você encontra um mundo rico em culturas e povos, repleto de locais inexplorados, aguardando algum disposto a desbravar. Nossas cidades são monumentais e nossos bosques são vastos e cheios de vida. Mas não recomendamos que você tente visitá-los durante a noite, sem o auxílio de alguém mais experiente. Há perigos rondando em todas as esquinas, abaixo de todas as árvores, escondidos em todos os arbustos. Por isso, escolha bem as suas armas, atualize seus encantamentos e prepare-se para viver a maior aventura de sua vida!

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Equipe do Mundo Lendário
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O Mundo Lendário foi trazido até você pela Storify em parceria com o escritor Matheus Prado. Aqui você confere informações exclusivas e as últimas notícias sobre este maravilhoso universo e os livros do autor.

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