Os akuras são os membros do povo livre mais controverso. Ninguém é capaz de explicar com exatidão porque eles são aceitos como um Povo Livre enquanto outras raças mais relevantes foram submetidos à Lei do Degredo, como ocorreu com os huinãs. Mas quando esse assunto surge nas rodas de conversa, uma teoria sempre é levantada: medo.
Acredita-se que o Império tenha medo de algum tipo de poder oculto que os akuras possuem, mas que ainda não revelaram. E esse rumor se tornou ainda mais forte depois da controversa execução do elfo Aethor Sar, governador de Porto Final.
O pedido de execução sumária partiu de um embaixador akura, que se sentiu desrespeitado pelo governador durante uma visita à cidade. Contrariando qualquer expectativa, o Imperador acolheu o pedido e ordenou um enforcamento em praça pública, a despeito da influência exercida pelos elfos.
Desde então, a justificativa do medo ganhou mais força e qualquer atitude dos akuras, bem como do Império em relação a eles, passou a ser vista com desconfiança por parte da população. Mesmo assim, ninguém se manifestou.
Fisicamente, os akuras lembram grandes polvos ou outros moluscos. Possuem um longa cabeça, rodeada por dezenas de pares de tentáculos, que usam para se locomover. Sabe-se que eles vivem no fundo de grandes massas aquáticas, sejam elas de água doce ou salgada, mas ninguém consegue precisar onde há colônias instaladas.
Assim como ocorre com os taghirons, existe a suspeita de que os akuras não sejam nativos do nosso planeta, mas viajantes de outros mundos ou dimensões. Tudo não passa de uma especulação, é claro, mas ela é defendida por grandes cientistas.
Os akuras não são vistos em público com grande frequência e não se sabe quantos deles existem. Ainda assim, pelo menos cinco deles estão presentes em todas as reuniões do Alto Conselho Imperial.