Há muita controvérsia sobre as gorgons, uma vez que muitos estudiosos duvidam de que elas sejam uma raça, propriamente dita. E há muitos fatos que sustentam a teoria de que sejam apenas elfas ou humanas amaldiçoadas com algum tipo de feitiço ou punidas por alguma violação imoral.
O primeiro indício é o fato de que, aparentemente, não há exemplares de gorgons machos. Todas as espécimes encontradas, sejam elas vivas ou mortas, eram indubitavelmente fêmeas. O segundo é o fato de que elas só são encontradas na cidade de São Paulo. Nenhuma gorgon jamais foi vista em outro local.
E o terceiro, que embora seja menos efetivo que os anteriores, também possuiu alguma base científica, está ligado à natureza do elemento mais marcante das gorgons: os cabelos vivos, que assumem função de ataque em combate. Há uma variedade muito grande de formas encontradas, o que não contribui para um processo evolutivo eficiente.
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Ainda que muitos pensem que a maior parte das gorgons catalogadas possuem apenas serpentes no local dos cabelos, há verdade é que não há homogeneidade. Os magos da Academia Aruanan de Feitiçaria e Magia Arcana já observaram tentáculos, caldas de serpentes, cabeças de serpentes diversas, pequenos braços rugosos e até mesmo patas de aracnídeos, como aranhas e escorpiões.
Toda essa variedade e inconsistência têm atestado contra a catalogação das gorgons como uma raça real. Ainda assim, devido ao tom costumeiramente violento de suas atitudes, elas foram submetidas a Lei do Degredo, sendo condenadas a viver escondidas, como fugitivas. Quando são capturadas, tornam-se objetos de estudo e, costumeiramente, cobaias em pesquisas científicas.