O nome Ipupiara significa “criatura que vive na água” ou “demônio da água” e foi cunhado pelos primeiros homens, que primeiro viram esta criatura. Com o tempo, porém, aprenderam a conviver com eles, visto que notaram que não eram violentos, mas territorialistas. Dessa forma, só atacavam quando sentiam que seus lares eram ameaçados.
Os ipupiaras não podem caminhar fora da água, uma vez que não possuem pés, apenas um pequeno rabo semelhando as nadadeiras de peixes. Isso fez com que também fossem confundidos com tritões e sereias, mas hoje sabe-se que não são parentes. Possuem corpos muito longos, chegando a três metros de comprimento, e apêndices grossos e musculosos, que lembram braços e que finalizam em garras poderosas.

Vivem apenas nas costas e nas proximidades das praias, nunca tendo sido vistos em alto-mar. Há poucos estudos sérios sobre a espécie, mas acredita-se que são mamíferos e que precisam subir a superfície para respirar. Também não demonstram nenhuma afinidade com magia ou grande inteligência. Por esse motivo, são tidos como irracionais.
Sua aparência lembra um leão marinho, mas não possuem pelos. A pele é grossa e gelatinosa, com tons que variam do cinza ao verde-escuro. Possuem presas protuberantes, que podem chegar a sessenta centímetros de cumprimento. Feitas de um material semelhante ao marfim, essas presas já foram objeto de desejo dos primeiros homens e eram usadas como decoração e como armas.
Ainda que tenham sido caçados de forma predatória por séculos, atualmente estão sob proteção das leis ambientais do Império.